quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cultura visual brasileira no The Wall Street Journal, Ásia




O talento brasileiro no design e na ilustração está em exibição na China este mês de setembro, na mostra itinerante ILLUSTRABRAZIL. Assim começa a matéria recém-publicada no blog do The Wall Street Journal Scene Asia, que exibe um slideshow com obras dos associados Andrea Ebert, Ricardo Cunha Lima, Carlos Meira, Orlando Pedroso, Daniel Bueno, Romero Cavalcanti, Guto Lins, Jinnie Ann Pak, Lupe, Lin, Guazzelli, Carlos Araújo, Soud, Rodrigo Rosa e Gustavo Duarte.


O artigo informa ainda que exposição, que a SIB tem realizado no Rio de Janeiro e São Paulo desde 2004, fica na The Foundry Gallery, em Xangai, até 25 de setembro.

Mais do que uma exposição sobre a ilustração brasileira, esta é uma exposição sobre o Brasil, visto sob a perspectiva de cada ilustrador, disse Bruno Porto, ilustrador brasileiro sediado em Xangai desde 2006 e curador da mostra.

Entre os destaques, Bruno destaca: José Benício, um jovem de 75 anos que em seu estúdio no Rio de Janeiro ilustra milhares de capas de livros de espionagem e pulp fictions, e os paulistas Fábio Moon e Gabriel Bá, gêmeos de 31 anos, que escreveram e desenharam a graphic novel Daytripper.

Essa não é o primeira experiência chinesa com o design brasileiro. Braulio Flores, organizador do evento, tem ajudado a trazer eventos como a Bienal Brasileira de Design Gráfico para Xangai e Pequim. A abordagem do design, da ilustração e da animação difere entre os dois países por motivos históricos.

Na China tais segmentos são relativamente novos (publicidade e comunicação em geral), pois se firmaram apenas quando deixaram de ser regulados e exclusivamente produzidos pelo governo, explica Porto. Eles têm uma maneira própria de identificar, embalar e promover seus produtos de uma forma adequada a seus consumidores, mas ainda encontram dificuldades para lidar graficamente com produtos e conceitos pouco familiares ao público médio chinês, de café a produtos de luxo. Porém, existem 100 mil agências de publicidade, de todos os tipos e tamanhos, e isso não pode ser desprezado.

O Brasil, por outro lado, tem uma rica história na animação, com uma longa tradição na publicidade, nas embalagens, na identidade visual e em projetos editoriais, comenta Porto, embora a maioria não fosse comercialmente viável até os anos 1980, quando os avanços tecnológicos elevaram o padrão de qualidade de produção do design.

Numa certa pedida, ​​a animação chinesa e brasileira podem tirar proveito da interação e colaboração, argumenta Porto. Já a exposição é muito diversificada, comenta Flores, O público chinês está surpreso de ver outros temas além do futebol e dos animais da Amazônia.

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